Estórias de Cada Um

IVETE

Marize, lembra do dia que deram um tiro na entrega do Cabaz???? Que ficamos chorandooooooo???

Uma imagem contendo texto, placa, comida, rua Descrição gerada automaticamente

Alguém lembra da festa que o Buckanas fez e que a gente dançou? Tinha muita gente. Foi muito legal

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Com relação a água, minha querida Marize, acho que vc quer que eu fale sobre a qualidade da água? Pois bem, o que posso dizer é que a nossos cabelos que já não eram fáceis de arrumar, ficaram mil vezes pior, não tinha creme nem pente capaz de abaixar. Um dia o Pipa disse que ia faltar água, e pediu pra gente armazenar, quando vimos a cor da água na bacia, deu vontade de sair correndo. Falamos com o Pipa, e ele disse que não podia nos contar o que haviam encontrado na caixa d’água quando fizeram a limpeza….

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Lembro que no primeiro dia que fui almoçar junto com todos em uma casa, o Décio, olhou pra mim com um cafezinho entre as mãos e disse – Seja bem vinda. O que eu mais gostei é essa cor vermelha das suas unhas. Eu achei engraçado. Eu era a segunda pioneira a pisar em Luzamba.

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Cacá vc estava comigo, quando a gente estava entrando na Vila na hora do almoço, e sem mais nem menos eu perdi o equilíbrio e levei um tombo, o Guarda Angolano gritou __ Essa mulher está bêbada….. Eu me ferrando no chão e levando a fama de bêbada. Levantei com a ajuda dos amigos e segui em frente.

Quem lembra de um dia que estávamos saindo do escritório e uma multidão estava olhando um caminhão parado que tira atropelado uma cobra jiboia, muito grande, a população parecia que ia cortar a serpente, alguém se lembra?

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Eu trabalhei em Angra na Usina Nuclear como secretária do Ubiratan Diniz, meu querido Chefe, depois fui para Medição e Custos pra trabalhar com o Waldemiro de Freitas Bento, foi onde conheci o Honoratinho, ele estava indo para Angola e eu pedi pra ele levar meu CV. No Brasil estavam organizando a Eco 92, me colocaram de férias por 30 dias e eu passei os 30 dias, procurando um novo emprego, mas nada achei. Inclusive fui no escritório da CNO e falei com o sr. Messias, ele disse que não tinha como me indicar para Angola. Continuei procurando emprego. Quando voltei pra Angra, fui dispensada. A secretária do William Urquiza, me pediu pra voltar na Base, pois poderia ter algo para mim. Para minha surpresa, o sr. Lopes disse que estava esperando os alojamentos ficarem prontos para me contactar, vocês não imaginam a minha cara. Passei 30 dias de férias procurando emprego e meu destino já estava traçado. Arrumei as malas em 1 semana e fui com a cara e a coragem de encontra a experiência que seria a melhor da minha vida. Pois se tivesse que voltar, faria tudo de novo. Amei conhecer cada um de vocês. Nada acontece por acaso

Boa noite amigos, conforme prometido vou contar minha estória de como cheguei ao Projeto Luzamba. Eu trabalhava na Usina Nuclear de Angra dos Reis. Vários amigos estavam indo para Angola, inclusive o Honorato. Pedi a ele para levar meu CV. Muito esperança e ser chamada, mas também muito medo de deixar minha família. Pois nunca tinha saído do país. (Matuta). O projeto CNAA não estava bem, eu entrei de férias, já sabendo que era possível ser dispensada ao retornar das férias.

Passei um mês indo em agências de viagens e até na própria empresa em Botafogo, mas não havia nada. Voltei e fui demitida. Foi quando a secretária do Diretor Marcelo Jardim, me pediu para voltar na sede, pois ouviu uma conversa que iriam me chamar para Angola, fiquei meia desconfiada, mas fui. Encontrei o sr. Lopes, que me recebeu muito bem. E disse mais, nós ainda não havíamos ligado, pois os alojamentos ainda não estavam prontos, mas já pode ir preparando a documentação, seu salário é xxxxx e seu embarque deve ser daqui a uma semana……… Gente cada frase que ele falava meu coração disparava, era tanta alegria que mal cabia em mim. Sai dali e fui providenciar tudo. Fui no voo da TAAG com vários funcionários uma mala que eu nem conseguia carregar, mas sempre achei alguém para ajudar, quando chegamos no Cafunfo não lembro o nome do sr. ele ela gordinho e meio calvo me perguntou se eu queria ir de helicóptero e a bagagem iria no ônibus, aceitei e foi maravilho. Conheci a grande amiga Cecília e fomos colegas de quarto. Somos amigas até hoje. Mas o Lopes depois esteve lá e viu a nossa republica e disse, olha é melhor vcs irem para um quarto menor, pois isso aqui vai encher de meninas….. E dito e feito….. Na nossa casa chegaram 6 Filipinas, muito bacanas, tinha a Engenheira muito linda Emília, Angolana. A Ozita e a Marize que chegou depois de mim. Depois veio a outra enfermeira Odete.

Nossa convivência era muito boa. Já perto do final, tínhamos um grupo de oração muito legal. Confesso que para mim a experiencia de trabalhar em Angola e conhecer vcs foi muito gratificante, hoje quando leio os “perrengues” que passamos, vejo que valeu muito a pena. Tenho certeza de que hoje que sou mãe entendo o que meus pais sentiram. Mas a vontade de poder ajudar minha família me impulsionou para lutar por dias melhores. Desculpe se falei muito. bj

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