Estórias de Cada Um

CLERISSON GOMES (CACÁ)

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Uma imagem contendo mulher, homem, segurando, mesaDescrição gerada automaticamente Homem com camiseta pretaDescrição gerada automaticamente

Retalhos de uma Luzamba que conheci

A minha história com Luzamba começou no dia 28 de novembro de 1991.

Fazia duas semanas que estava de visita na casa da minha irmã em São Luís, após quatro anos na obra do Terminal Portuário de Sergipe, quando recebi uma ligação do Eng. Pedro Chaves me convidando para assumir o programa administrativo e de controle de custos da Olaria. Aproveitando o meu perfil, me informou que também daria  suporte a Barreto, Enc. de produção da olaria, nos temas referentes a relacionamento com os trabalhadores e alinhamento com a TEO.

Proposta aceita, contatei o pessoal da Base Brasil e iniciamos os procedimentos para o meu embarque. Segundo a programação o meu vôo para Angola se daria na segunda semana de Janeiro. Esse intervalo foi o suficiente para que me tornasse um viajante com status de casado.

Ainda no aeroporto de Luanda, a realidade exposta na preleção feita pelo pessoal da Base Brasil sobre a realidade a ser enfrentada em Angola, começou a descortinar.

Após passar pelos trâmites de imigração, retirada de bagagens e alfandegários, fui conduzido para outra área de embarque onde pegaria o voo para Cafunfo. Fui recebido pelo responsável pelos embarques que me informou que o meu nome não constava na relação do primeiro voo que estava por sair senão no seguinte. Embarquei num pequeno cargueiro, que soube depois tinha por apelido “contêiner voador”. Dormi durante todo o percurso. Após um translado de micro-ônibus, finalmente desembarquei em Luzamba.

Cheguei ao Luzamba em meados de Janeiro de 1992 e me impressionou, desde o início, a receptividade do pessoal; encontrei companheiros de outros projetos, alguns do meu ciclo de amizade; o Thelmo, Elson e o Biu Fuba. Já conhecia o Eng. Djean, Dr. Delmar, o Eng. Nilton Teti, além do Eng. Pedro Chaves.

Surpreendeu-me muito a preocupação de todos em recepcionar bem os recém chegados; parecia que a palavra de ordem era não deixar ninguém cair no isolamento.

No meu primeiro dia o Elson e o Thelmo me levaram alí para o Beco, fui apresentado e parecia que todos já se conheciam há muito tempo; a integração era muito rápida, o ambiente saudável de muitas brincadeiras engraçadas, muitos espirituosos….Sóstenes, Botini, Sydnei, Decio, Hercules, Ricardinho, Ivete, Claudinha, Marize, Conceição, Lucival, Jobs,…. muita  gente.

A preocupação geral era de estar bem  próximos, acolher os novatos; sabíamos dos problemas de segurança no País mas ali conseguíamos superar e esquecer momentaneamente esses problemas. Ali estávamos juntos, sem preocupação com o nível hierárquico de cada um….. Delmar, Pedro, motoristas, operadores, todos os níveis e origens,… muito legal.

Além dos churrascos e das biritas, tinha o futivoley, a peteca…quem não jogava participava zoneando os outros. Aquilo era o meu lazer.

Nos finais de semana, aos sábados começava mais cedo…impressionante a solidariedade, ….muito legal; bem diferente de outros projetos.

Cacá

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