BONFIM
Bom dia Ferreguetti e tb a todos. Como não lembrar! As latas de óleo colocadas ao longo da pista. Esse é um trabalho realizado pelos percussores, até para orientação das aeronaves. Parabéns a todos que trabalharam naquela operação. É importante mencionar tb a tripulação do pessoal da Força Aérea Brasileira composta pelos ‘PARA-SAR’ que faziam parte das duas aeronaves C-130 que estavam em algum ponto do continente africano e receberam orientações para realizarem aquela missão de resgate. No momento em que o nosso saudoso Luiz Gonçalves Correia (“Mochila”), que sendo Pqdt e tb percussor, fez o contato terra-avião, usando os códigos (URUTU – CASCAVEL), o que foi suficiente e decisivo para que as tripulações reconhecessem e identificassem o nosso pessoal de solo e fizessem a aproximação e o pouso em segurança na pista do Luzamba. Mesmo em situação crítica, ao desembarcarem das aeronaves, fizeram algum alvoroço ao saudar as equipes em terra. Ressalto ainda que, juntamente com o Luiz nesse controle, estava tb o saudoso Celso Aluízio de Barros (“Magrão”) e você que, tb além de pqdt e percussor, era o nosso elemento de telecomunicações, com participação efetiva em todas as etapas desse processo. Boa lembrança! Caso tenha esquecido e/ou exagerado em alguma coisa, por favor me corrija
A situação toda acima descrita acontece e estavam previstas em nosso Plano de Contingência. Foram feitos vários treinamentos e ensaios para que se a situação exigisse, tudo saísse conforme o planejado. Lembrando ainda que o primeiro avião que decolou a noite retirando o primeiro grupo de trabalhadores e as mulheres usaram, salvo engano, a iluminação de emergência
Bom dia amigos! Que maravilha relembrar, agora em forma de histórias a serem contadas, depois de 30 anos, as experiências vivenciadas em Luzamba. Enfatizando ao que a Verinha disse Luzamba foi ocupada pelas forças de Savimbe na tarde do dia 31 Out 1992 – um sábado, por volta das 17h00. Lembrando que na noite do dia 30/10 eles tomaram Cafunfo por volta das 18h45min, quando a nossa Central de Comunicações recebeu os primeiros relatos do nosso pessoal a partir de Cafunfo. Ouvíamos, inclusive os disparos de armas pesadas enquanto, recebíamos as msgs transmitidas via rádio. Acredito que Ferreguette e o Dr. Victor Motta, devem lembrar muito bem a respeito desse desenrolar. Antes da ocupação duas coisas me vêm a memória: uma foi a da chegada de um avião da Endiama vindo de Luanda para pousar e que um elemento das forças da Unita postado a frente da entrada do canteiro da Vila e bem armado, dizia que aquele avião não iria pousar. Nesse momento a direção do Projeto estava reunida e não consegui passar a situação para o Dr. Victor Motta. Com muito custo e alegando que a aeronave teria necessidade de pousar, consegui a flexibilização com o camarada da Unita, para que o pouso acontecesse. Era um sábado por volta das 10h00 da manhã. O segundo fato: é que a invasão e ocupação das instalações do Cuango já estava certa. Já havia forças junto a sede da administração do Governador. E tb nos acessos de quem vinha de Cafunfo pela Estrada. Por volta das 13h00 daquele dia 31/10 recebi uma outra comunicação via rádio, em um dos canais alternativos da DSI, vindo de uma das nossas posições a partir de Cafunfo, que um contingente da Unita, iniciara um deslocamento a pé em direção a Luzamba, com previsão de chegada às nossas instalações ao fim do dia, entre 17h00/18h00, o estimado. Ainda, por volta das 13h00, no refeitório, tb fui informado que a população que vivia nas proximidades do Bala-Bala e Bangu I, nas proximidades do Rio estavam fazendo a ultrapassagem para o outro lado da margem do Rio, abandonando as suas casas. Esses fatos foram todos oportunamente repassados ao Dr. Victor na medida em que iam se sucedendo. Tudo se confirmou com a ocupação ja esperada na tarde/noite do dia 31/10/1992
Yohan se o Atandel era psico qq coisa eu não sei, mas que era prazeroso andar com ele naquela máquina a isso era. Saí inúmeras vezes com ele para sobrevoar toda a extensão do Projeto para verificar a incursão de garimpeiros. E aproveitávamos para registrar tudo, principalmente para dar corridas nos garimpeiros e às vezes pousávamos para verificar o local. Uma das vezes Atandel nos mandou abrir as portas da máquina voadora para tirar fotografias. Éramos em três. Além dele, eu e mais um membro da segurança. Ele preparou o pássaro e fez ele caranguejar para trás, para cima e para os lados. E ao descer veio abanando em piruetas para os lados, com as portas escaradas e os dois passageiros presos pelo cinto. Cada vôo realizado tinha que trazer as imagens dos garimpos identificados. Para mim era uma diversão essas idas e vindas. Mas para o nosso amigo Atandel era muito mais que isso. Ele se realizava e entrava em êxtase. Saudades dessas aventuras psicopata ou não. Eu faria tudo outra vez.
Calado meu amigo de fé! Meu irmão camarada! Boa tarde!!! Como vc está? Os relatos são tantos que nem dá tempo da gente ler tudo. Não sei se trabalhávamos e corríamos de um lado para o outro, mais na época do projeto, ou se agora a reviver todos esses episódios vivenciados a 30 anos passados. Mas enfim, é bom estarmos todos aqui outra vez. Naim vai ter um belo de um trabalho para compilar tudo isso. Eu sugiro que ele conte com a ajuda do nosso Pettená, porque com certeza tudo isso vai ficar muitíssimo rico, leve e, em alguns momentos hilários. O que não faltará são fatos ou (factos). Eu queria fazer uma ressalva, já que vamos reescrever tudo isso. O cmte das forças invasoras na época era de patente mais elevada que a de capitão. O camarada Sto. Antônio era um Brigadeiro. E o nos 10 dias que antecederam a ocupação, como uma tentativa de provocação e tb sondagem, o pessoal da segurança teve duas situações frontais com o pessoal de Cafunfo. Em uma delas, o próprio Brigadeiro esteve presente a frente da equipe quando apareceu sem prévio aviso nas instalações da DSI e foi recebido pelo Dr. Victor e lembro que uma das preocupações colocadas por ele, dentre outras, era com relação aos ‘cães de guerra’ utilizados pela segurança. Essa visita inesperada era uma espécie de reconhecimento do terreno. Ela ocorreu logo após a um outro incidente que ressalto como ‘gravíssimo’, para quem viveu a situação, quando uma patrulha de cerca de 8/10 homens entraram na lavaria de Mucussuca (bloco IV), salvo engano, para recolher uma amostra do cascalho que era rico e um dos melhores naquele momento. Isso aconteceu por volta das 23h00. Ao ser acionada o pessoal da segurança reuniu tb um grupo armado, com os cães, os melhores para ação e fomos para o local, sob a liderança do Dr. Victor. Nos distribuímos em 3/4 carros e quando chegamos na lavaria logo envolvemos a patrulha, já no carrão azul – chevrolet, utilizado pelos invasores (o mesmo que esteve com o Brigadeiro nas instalações da DSI dias depois). Eles estavam parados na saída do bloco e a alguns metros de um PCtran montado tb pela DSI. Logo, éramos em maior número. O carro sofreu uma avaria no momento em que tentavam sair da lavaria com o cascalho, e antes da nossa chegada. Não houve acordo entre a Direção da DSI e o responsável pelo grupo. Na carroceria estava um armamento pesado (uma sub-metralhadora cal. .50), em cima de um tripé sob controle de um deles, presumo o atirador. Em dado momento Victor Motta tentou se certificar do material que estava dentro de um saco branco (o cascalho). No momento em que tentou mexer no saco, a tensão subiu porque a arma foi voltada diretamente para a direção dele. Prontos para uma possível reação, demos um passo a retaguarda, quando o interlocutor pediu ajuda para ver se conseguiam fazer o carro deles funcionar. O pedido de ajuda foi negado e orientados para se retirassem das nossas instalações da mesma forma que chegaram até ali. E assim foi feito, com eles a empurrarem o trovão azul, escoltados por todos nós, até cruzarem o limite da área protegida. Empurraram a camionete até depois da Ponte sobre o rio Cuango, na direção de Cafunfo. Nós não podíamos ser o estopim para um incidente que pudesse justificar uma reação e retaliação ao Projeto. E, não fomos em nenhum momento. É por isso que estamos hoje, todos aqui a reviver o passado. Saudações Luzambenses !
Ps: cheguei ao fim desse relato e não lembrei da marca do trovão azul usado na incursão – a memória me traiu (já está virando rotina …) kkk..
Bom dia a todos! Peço Desculpas ao Dr. Naim, mas vou meter a minha colher de pau. São, você é demais! Aliás, sempre foste. Penso que todos nós sentimos de algum modo o afastamento de alguém do grupo, mesmo sem saber os reais motivos. Porém, esse é um direito de cada um. Acredito, que todos que participaram ativamente do Projeto Luzamba em 1992, foram e são importantes indistintamente, e marcaram e/ou tiveram suas vidas marcadas ao viver aquele momento ímpar. Como já disse a nossa querida Ivete, o amor continua aqui. Lembramos que o bom filho a casa torna. Então, é vida que segue, e hoje, a história precisa ser contada. Espero e acredito, que os afastamentos sejam temporários, e quiçá, até por razões contrárias a vontade dos mesmos. É vida que segue!
Obrigado Fernando Cariello… pela leitura! Antes de me manifestar tive receio de ser mau entendido. Vejo o Projeto Luzamba em termos de experiência, que pode parecer curta, como algo bem maior do que talvez imaginemos. A direção da segurança, os chefes de seção, e parte dos efetivos brasileiros que forem previamente selecionados e reunidos para lá, do qual eu fazia parte, não estavam preparados para aceitar de forma passiva uma situação daquelas, e sair da maneira como saímos. Porém, sempre atentos e cônscios das nossas missões e responsabilidades. O grupo não foi montado do dia para noite. Muitos, já bastante experientes em situações de adversas semelhantes a que vivenciamos, estava ali, ao chamado do que seria mais uma missão de serviço. O final foi difícil e frustrante, e falando por mim, sai desmoralizado e muito triste. A nossa formação exigia uma resposta que não demos, mas tb que sabíamos, não poderia ser outra, dadas as circunstâncias e, também por tudo o que estava em jogo. Na minha cabeça, no primeiro momento é que fomos “covardes” e isso me machucou e ainda machuca muito … quando lembro. Depois que tudo acabou e, ao chegarmos a Windoeck, em menos de 12 horas, tivemos a orientação e oportunidade de retornar, diretamente para Luanda, ainda em confrontos na capital. Gerou-se um impasse e ligeiro mal-estar no seio dos efetivos da segurança. Ao fim, a decisão tomada foi embarcar para o Brasil e aqueles que se manifestassem de acordo, retornariam na primeira oportunidade. E assim, retornei no primeiro grupo para Luanda. Vi a família e nem deu tempo de desarrumar a bagagem (*). Embarcamos de volta na mesma semana porque havia a necessidade de pessoal da segurança para cuidar das instalações, a partir de Luanda. Passados quase 7 anos, vivendo em Luanda, passando por Capanda, Malanje, e outras províncias eis que surge o momento tão sonhado e por mim esperado. Retornar a região do Cuango, para rever tudo o que havia ficado para traz. E assim aconteceu, quando do primeiro grupo com menos de 10 pessoas, que daria início a uma nova fase do Projeto Luzamba. Um novo capítulo começava a ser escrito. Um misto de expectativa, incertezas, intensa emoção, medo, enfim, tudo o que vocês possam imaginar, também passou pelas nossas cabeças. Mas a verdade é que lá estávamos outra vez. Dos novos pioneiros que fizeram parte desse novo capítulo, agora, pela SDM – Sociedade de Desenvolvimento Mineiro, alguns estão no grupo a reviver tudo isso, e os deixarei a vontade para dizer alguma coisa, se assim preferirem. Tudo o que vivi de desapontamento e decepção pela forma como saímos do Cuango em 1992, estava recompensado pelo novo regresso. Fizemos sim, todos nós, parte disso. Digo tudo isso Fernando pelo sentimento que vc destaca em sua fala, quando fazes menção a não ser pioneiro. Para que o Projeto o acontecesse passou por várias etapas e, em algum momento, todos e cada um de nós, participamos de algumas delas. Por essa razão, estamos todos aqui. E, para finalizar, Um destaque para vocês meninas luzambenses: Conceição, Ivete, Neide, Celisia, Arabela, Myrian, Ozita, Zimira, Neuza, Diana, Sandra, Dinah … enfim, todas vocês, sem as vossas presenças e participação, tudo seria diferente, não teria com certeza, o mesmo brilho, luz, graça, e cor. Parabéns a todos vocês, e tb, a minha gratidão, admiração, respeito, e carinho.
(*) – Falarei da bagagem em um inusitado episódio por ocasião do resgate, momentos antes do embarque.
Parabéns Yohan!
Mais uma grande contribuição, neste relato. Alguns fatos são novidades, em função de tudo o que ocorreu e que, somente agora, depois de quase 3 décadas, chegam ao nosso conhecimento. Uma coisa me chama muito a atenção, não somente neste relato, como nos demais. É referente a dimensão dos riscos aos quais sempre estivemos submetidos, desde a ocupação, até o resgate de todos. Se alguma coisa tivesse saído errada, em função de um ato deliberado ou não, por conta de algum elemento das forças da Unita, os fatos pitorescos e/ou marcantes dessa história seriam contados, ou não, sob uma ótica muito diferente. Enquanto reféns, ficamos atirados a própria sorte, sempre a mercê de um novo acontecimento, que não sabíamos se iria ou não acontecer, conforme o planejado. Numa situação de conflito eminente, um avião como os empregados na missão de resgate, que pousa e decola, sem nenhum controle por parte dos homens da Unita, que deveriam ter o controle e comandar toda a situação, o que não aconteceu, é porque, Deus esteve conosco sempre. Não vejo outra justificativa. Todos os fatores conspiraram a nosso favor. Hoje, eu vejo diante de tudo isso, o saldo de todo o trabalho feito. 100% positivo. Se, erramos em alguma coisa, esse erro não apareceu, ou foi mínimo. Não somos perfeitos e a situação não exigia isso. Seria muito correto dizer, que toda a coordenação das direções mobilizadas, envolvidas e enganjadas na verdadeira ” operação de guerra” soube aproveitar, com êxito, todas as oportunidades, do momento, bem como as distrações das forças invasoras, sem nenhuma exitação. É por tudo isso que estamos aqui hoje. E, ainda que separados por força das circunstâncias, somos, literalmente, uma grande família, unida por um único coração chamado Projeto Luzamba 1992
Boa tarde Dr. DELMAR! Boa tarde Dr. Naim! Boa tarde a todos os demais Diretores, Gerentes, amigos, e amigas dessa imensa família do Grupo Luzamba! Acabei de ler as msgs postadas de felicitações. A cada msg uma surpresa e uma nova emoção. Ainda não tinha vivido esta experiência. Ainda, hoje na madrugada, Canto Barros e o Marco Antonio Barbosa, me surpreenderam já a poucos minutos da madrugada deste dia. Está no grupo Luzamba é mágico. Marcante. A Ivete parece que estava adivinhando ontem já, ao cobrar no grupo , os próximos aniversariantes do mês. Acho que algum passarinho Barros e/ou Barbosa, contou para ela alguma coisa. Eu só sei que o meu bolo de aniversário chegou, como prometido. Estou imensamente feliz pelas inúmeras mensagens recebidas, e sei que não para por aqui. Agradeço a todos pela lembrança e manifestações de carinho. Algumas msgs mexem um pouco mais com a gente, por conta de uma e/ou outra peculiaridade, porém, todas são significativas. Apanhei o aúdio enviado pelo nosso Lider D. Delmar para fazer uma consideração. Durante a nossa passagem por Angola, com a Odebrecht, absorvemos dentro dos treinamentos e das cartilhas um dos principios de liderança que dizia que o Líder deve preparar o seu substituto. E, ainda mais em Angola, onde se imaginava, a nossa passagem poderia ser muito curta. E aquele princípio sempre norteou nosso trabalho. Dentro da minha função tive a grata satisfação de liderar alguns quadros expatriados, que nas minhas ausências davam continuidade aos trabalhos, como se nada tivesse acontecido. Assim foi com Aldemir Alves Caetano (hoje empresário em Angola, muito bem relacionado e influente); Marco Antônio Barbosa, que por várias vezes me substituiu, principalmente na segunda fase de Luzamba, já na SDM, onde, juntos, passamos por inúmeros desafios e os chamados batismos de fogo, entre desafiar as minas plantadas no terreno, quase viramos sapadores, fugir das armadilhas e emboscadas armadas pela guerrilha, e, mediar conflitos, dentre outros, Ricardo Tavares Ferreguetti (também em ainda em Angola), e outros. Não posso deixar de citar o Elias André do Carmo Schio, que também se encontra em Angola pela Soc. Mineira de Catoca. Pela parte angolana tb não foi diferente a nossa preparação. Identificamos alguns que reunissem os requisitos para ascender a cargos mais elevados. E destacamos aqui os Vigilantes Neto e Paulo que permaneceram e assumiram a segurança do Estaleiro Luanda Sul, e da mesma forma aconteceu em Capanda e na Vila do Gamek. Dentro desse processo, quem deu continuidade assumindo a função de Chefe de Sector pela Segurança da SDM no Cuango, com a minha saida em 1999, foi Marco Barbosa, enquanto eu, depois de regressar ao Brasil, fui, mais uma vez brindado pela indicação do Dr. Delmar para assumir a Coordenação da Segurança da empresa MACON Transportes. Dando continuidade ao processo de aproveitamento dos quadros angolanos com requisitos e perfil para o nosso trabalho, Barbosa e eu, que nunca perdemos o contato e, por recomendação dele, fez chegar até mim uma pessoa que estava sendo desligada da Segurança da SDM. Diante das referências passadas por Barbosa, a única coisa que eu precisava fazer era enquadrar o homem na Macon, e assim foi feito. Esse homem foi um dos meus braços fortes na MACON, ainda mesmo como vigilante. Simples, sério, humildade a toda prova, centrado, integro, equilibrado, ético, e muito ponderado. Alguns, dentre outros, dos seus atributos. Com o passar do tempo, o contrato da gestão expatriada, na sociedade expirou, e os expatriados, a maioria, inclusive eu, teve o seu contrato rescindido. O nosso indicado, Sr. Luis José N’ dapuca Máquina, lá permaneceu, e por conta da sua dedicação, mérito pessoal, empenho, foco, visão, e determinação, foi ascendendo, degrau por degrau aos cargos que se lhe apresentavam e hoje, é o PCA da empresa ou grupo MACON TRANSPORTES, LDA. Foi capa de uma das revistas FORBES, e referenciado em várias matérias, como uma das personalidades do segmento empresarial, mais bem sucedidos em Angola. Para o Barbosa e eu, isso não era uma surpresa, mas sim motivo de muito orgulho, pelo fato de ter acreditada na pessoa, dado a ele uma oportunidade, que alguma vez se fez grande e, ele acreditou e seguiu em frente. Em nossa formação militar existe uma máxima que diz: ‘ COMANDAR HOMENS LIVRE É FÁCIL. BASTA APONTAR-LHE O CAMINHO DO DEVER ” . É por tudo isso, e muito mais, que o nosso Projeto Luzamba, nos marcou a todos nós. Como o Máquina, com quem Barbosa e eu mantemos contatos até hoje, existem outros legados que permaneceram e nos marcam até hoje. O laço de amizade, cooperação, e respeito, com Angola e com os angolanos é muito, e cada vez mais forte. I❤Angola. Mas uma vez, agradeço ao Dr Delmar pela msg, e pela oportunidade de poder reportar sobre os valores e contributos do nosso Projeto em nossas vidas.
O Dr. Barbosa é todo um capítulo a parte. E um pedacinho desse capítulo eu acompanhei bem de perto. É um grande guerreiro, sempre em prontidão combativa. Eu já o admirava por tudo o que fizemos e partilhamos juntos. Sem falar que onde vai a corda, vai a caçamba. Ele foi um dos camaradas que tb deu continuidade e me substituiu no Projeto da SDM após a minha saída no segundo semestre de 1999. Eu vou destacar um fato que apenas alguns do grupo sabem. O Barbosa tinha um segundo grande desafio, que era o de exercer mesmo a distância, o papel de pãe ( pai e mãe) e o mais interessante que apesar de filhos pequenos, ainda em idade precoce, os acompanhou e os liderou mesmo a distância, o que sabemos, não é nada fácil. Se estando perto, nem sempre seguramos às rédeas, imaginemos distante. Acontece que o Dr. Barbosa esteve em Angola algumas vezes, e o seu filho crescendo, crescendo, e ele no comando, da qual não abdicou nunca. O resultado ele colheu a pouco tempo, com o seu filho concluindo os seus estudos e saindo Aspirante a Oficial do Exército Brasileiro. Hoje, já a caminho da 2a. estrela do oficialato para galgar o posto de 1o. Tenente. Segui os caminhos, orientações e ensinamentos deixados pelo pai. Esse grande homem, exemplar e líder que é o Marco Antônio BARBOSA. Para mim, que acompanhou parte de todo esse processo, sei o quanto essa trajetória foi difícil, mas ao final, o esforço foi satisfatoriamente recompensado. E, Nonato, isso tem a ver com aquilo que está dentro do contexto da tua mensagem de ontem. E ressalta o caráter, a integridade, e todos os demais valores que encontramos no agora, Dr. Barbosa. Outro que seguiu a mesma trajetória, e tb está conosco é Ricardo Taveres Ferreguetti, que tem um filho oficial do corpo de Fuzileiros Navais, salvo engano. Por favor, se eu estiver errado me corrijam. Tudo isso, para destacar que, quando temos bons princípios, firmeza de propósito, retidão, foco, e acima de tudo, somos tememos e somos obedientes a Deus, a vitória é sempre certa.
Obri Omar pela intervenção e observação. Aliás, muito oportuna. Hoje, cada vez mais, o tema inteligência está em voga e, a tendência, daqui para frente não será diferente. Tudo que está a ser colocado aqui, está servindo de matéria-prima para a proposta dos mentores que pensaram no propósito deste seleto, ou melhor, exclusivo grupo. O fato de estarmos como vc bem disse, dormindo com o inimigo, não era novidade para muitos. E somente este fato, justifica que eles, pelo menos os líderes sabiam e muito bem de tudo, sobre nós, ou quase tudo. Para conhecimento, dentro do grupo da DSI, tínhamos lobo com pele de cordeiro. No momento da ocupação, logo a seguir, identificamos alguns honens que trocaram os seus uniformes, pelos da Unita. Uma das situações, se deu comigo e, eu num ato involuntário e impensado disse para esse camarada, volta e vai trocar o uniforme. Aqui, vc ainda é um integrante da DSI. Ainda no mesma tarde da ocupação, fui solicitado por duas vezes solicitado, não sei se esse é o termo correto, e conduzido a presença dos “chefes” para que eu entregasse algumas chaves das nossas instalações (sala de rádio, sala das armas, e de outros contentores da DSI). Penso que os Drs. Victor Motta e Alexandre Rocha, que na ocasião se encontravam reunidos na Guest House, tomaram conhecimento. Até porque, eu fui até o Dr. Victor para saber o que fazer e recebi das mãos dele, um bolo de chaves, as menos importantes para entregar aos camaradas. Um detalhe é que os camaradas sabiam o que queriam e também a quem procurar, porque chamavam pelo nome. Interessante, não? O que eu sempre tive em mente, é que quando não podemos com o inimigo, ou mantemos ele muito distante de nós ou, mantemos ele com as rédias bem curtas e sob controle, até mesmo, para saber o que podemos esperar diante da situação a que fomos submetidos. No grupo, temos pessoas que tem conhecimento, formação, e experiência, sobre o que estamos a comentar. E, se achar oportuno acrescentar mais alguma coisa, é sempre muito bemvindo. Na verdade, sobrevivemos em Luzamba graças, dentre outros fatores, ao jogo de inteligência. Com um único detalhe. Eles tinham mais informações sobre nós, que éramos transparentes quanto ao nosso trabalho, mas pouco sobre as reais intenções deles, era por nós conhecidas. E como já foi dito em relatos anteriores, o prazo de validade dos protocolos da Unita, poderiam mudar de um momento para o outro. Isso não nos dava nenhuma segurança. Meu querido Omar, espero ter esclarecido a vc, sobre a situação colocada sobre o Fernandinho. Mais uma vez, meu agradecimento por interagir.
Ps: algumas respostas que não tivemos a 28 anos atrás, parecem mais claras hoje, quando colocadas, nos relatos dentro do grupo. Grande abraço!